Em visita da Chapa 1 a Araras, conversas destacam importância de sistema unificado e da valorização de TAs

A Chapa 1 – Ser UFSCar visitou o Campus Araras no início da semana passada, em 20/8, iniciando lá, no campus que tornou a UFSCar multicampi, os diálogos com foco no tema. Ainda no trajeto de parte da equipe que saiu de São Carlos, Bia, Jesus e Douglas, que já atuou como docente no Centro de Ciências Agrárias (CCA), conversavam sobre a relevância do Campus, incorporado à UFSCar em 1991, para a pesquisa científica e a economia brasileira, bem como, cada vez mais, para a formação de pessoas em diferentes áreas.

Na história do CCA, destaca-se, inicialmente, o Programa de Melhoramento Genético da Cana de Açúcar (PMGCA), parte de rede nacional voltada para a pesquisa no setor sucroenergético que é responsável pela maior parte das variedades de cana plantadas no País. Mas o Campus também implementou o Bacharelado em Agroecologia, curso que visa formar profissionais para atuar com a agricultura familiar e camponesa, e passa, além disso, por um processo de consolidação das Licenciaturas.

Nas reuniões realizadas, a Chapa 1 – Ser UFSCar dialogou com os servidores docentes e técnico-administrativos do Campus sobre os recursos do PAC e outras possibilidades de investimentos; tramitação integrada de projetos; Reserva Técnica Institucional (RTI) e modernização de processos para uso dos recursos; implementação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) dos TAs; formação continuada para docentes; e valorização dos trabalhadores terceirizados, dentre outros assuntos. Detalhamos aqui algumas discussões centrais, comuns a vários desses temas: pós-graduação multicampi, políticas de extensão e de prevenção à violência, unificação dos sistemas da UFSCar e normas de segurança para os laboratórios.

Pós-graduação multicampi e unificação dos sistemas

Entre as principais pautas discutidas com os docentes no CCA, a criação de condições institucionais para a existência de programas de pós-graduação multicampi teve destaque. Bia, atual Reitora da UFSCar e candidata à recondução, explicou que isso exige adequações estatutárias e regimentais que já estão sendo encaminhadas.

Outra demanda importante apresentada pelos docentes é a unificação dos sistemas administrativos e de gestão da Universidade. Maria de Jesus, Vice-Reitora e também candidata à recondução, informou que a unificação dos sistemas está sendo planejada, mas exige mais tempo. A alternativa encontrada pelo Comitê de Governança Digital, presidido pela docente, tem dois passos principais: unificar as bases de dados da UFSCar no Sistema de Apoio à Gestão Universitária Integrada (SAGUI) e desenvolver módulos para operar o sistema. O primeiro passo foi dado, o SAGUI já é o banco de dados unificado da UFSCar, mas o processo de criação dos módulos é mais longo e complexo, embora já haja entregas previstas.

Extensão, enfrentamento à violência e segurança em laboratórios

O protagonismo dos servidores técnico-administrativos do Campus Araras na produção da normativa que garante aos TAs o direito de orientar projetos de iniciação científica foi relembrado, mas ainda existem demandas relacionadas à autonomia. Um dos pontos discutidos no encontro foi a submissão de projetos de extensão por TAs, que podem coordenar as atividades, mas precisam indicar um professor como membro da equipe no caso da orientação de bolsistas.

Kelen, candidata a Pró-Reitora de Extensão, e Alexandre, candidato a Pró-Reitor Adjunto de Extensão, explicaram que está planejada também a revisão do regimento que regulamenta a extensão na UFSCar. A normativa, aprovada em 2016, já está desatualizada. Para a próxima gestão, a ProEx pretende realizar essa revisão, incluindo as demandas da categoria, e colocar rapidamente em prática o Regimento Geral da Extensão na UFSCar.

Nas conversas, ficou claro um vínculo que, inicialmente, poderia parecer improvável: entre as condições de segurança nos laboratórios e a política de enfrentamento à violência na Instituição. A categoria TA aponta a necessidade de criação de uma norma de segurança interna, amplamente divulgada, para amparar a atuação dos técnicos de laboratório e permitir que realizem o trabalho de fiscalização sem constrangimentos.

Jeanne, candidata à recondução na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (ProGPe), apontou que a Pró-Reitoria já está caminhando no desenvolvimento de uma política de segurança do trabalho. Criar o amparo institucional, dar formação e capacitar a comunidade para realizar os procedimentos adequados, especialmente nos laboratórios, será essencial para diminuir riscos de acidentes.

Além disso, o reconhecimento da persistência de conflitos e, eventualmente, traços de violência na cultura que permeia as relações entre diferentes categorias na UFSCar, guiou a atual gestão da Universidade a implementar a Política Institucional para Prevenção, Redução e Mitigação de Danos da Violência. Mais uma vez, é o início de um caminho longo, que envolve uma mudança estrutural. A Chapa 1 – Ser UFSCar sabe que esse processo é demorado e envolve uma gestão capacitada e comprometida. Por isso, justamente, seu objetivo é poder dar continuidade ao projeto de Universidade que defende!

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